A histórica arte da chapelaria

2 de março de 2018

O chapéu (derivado do francês antigo chapel, atualmente chapeau) é um acessório de vestuário que tem diversos modelos e variantes, com a função principal de proteger ou enfeitar a cabeça.

A peça surgiu ainda na pré-história para proteção da cabeça das condições climáticas (sol quente, frio, chuva) e inicialmente era usado estritamente pelos homens, já que este era o responsável pela defesa da tribo ou clã. Depois o acessório foi levado para a caracterização dos níveis sociais: os reis usavam coroas, os sacerdotes a mitra e os guerreiros o elmo.

O primeiro chapéu que encontra em suas formas mais semelhança com o formato “clássico” (ou seja, contendo as partes principais do adorno – como as abas), é o pétaso grego, cuja origem remonta ao século IV a.C.

Historicamente o acessório era também sinal de elegância, sendo até estranha a visão de um homem sem chapéu até meados da década de 1940. Durante as décadas de 1960 e 70, os hippies usavam cabelos compridos como expressão de rebeldia – recusando escondê-los – e por isso os chapéus passaram a ser vistos como uma formalidade ultrapassada.

Chapelaria feminina

No final do século XVII é que a chapelaria feminina começou a emergir, deixando de ser influenciada pelos chapéus masculinos. Além disso, existiam os turbantes usados por mulheres de diferentes culturas, que já estavam presentes cerca de 4.500 anos a.C.

Apesar de historicamente ser esperado das mulheres que cobrissem as cabeças com véus, kerchiefs, capacetes e bonés, só no final do século XVI é que mulheres começaram a usar chapéus estruturados, baseados nos chapéus masculinos, mas com adições de veludo, tule, fitas, flores, penas e outros adornos.

Em meados dos anos 1920 deu-se o grande boom dos chapéus femininos. O cabelo das mulheres tinha-se tornado muito mais curto, e as Cloches imperavam. Estas abraçavam a cabeça como um capacete com uma muito pequena aba.

Nas décadas de 1930 a 1950 Nova York, com os seus muitos imigrantes europeus tinha-se tornado a líder mundial em chapelaria. As lojas da Fifth Avenue, de Henri Bendel e de Bergdorf Goodman, lideraram o caminho com o seu próprio trabalho autoral em chapelaria. Na década de 1960 as perucas fizeram sucesso e cabeleireiros coloriam e penteavam as mulheres com penteados exóticos e esculturais. No entanto, na década de 1980 e 90, houve um ressurgimento do interesse das mulheres na chapelaria.

Isto foi provocado, em grande medida, por figuras públicas, músicos e artistas que investiram neste acessório. Muitos designers criaram novos modelos de chapéu, o que levou os anos 90 a serem um período muito inovador para a indústria de chapéus.

Versatilidade

O chapéu é uma peça clássica que confere muita elegância ao look se usado de maneira correta, tanto que até algumas noivas investem no acessório para compor o visual no grande dia.

São acessórios que podem ser usados tanto no inverno quanto no verão, bastando investir em modelos mais quentinhos e fechados na época mais fria, ou apostar em versões que têm abas mais largas para tampar o sol no verão.

Desde a sua invenção, os chapéus foram entrando e saindo de moda e inovando em seus modelos. O que nunca mudou foi o toque fashion que este acessório trás para os looks (femininos ou masculinos) mais ousados.

Curiosidade

Essa informação vem para provar que um chapéu pode MESMO dar um up no visual:

– O chapéu é bastante utilizado até os dias de hoje pela realeza inglesa, tanto pelos homens quanto pelas mulheres.

E você sabia que a rainha Elizabeth II já usou mais de 5000 (!) modelos do acessório durante seu reinado?

Confira algumas das peças na nossa galeria:

Referências : https://pt.wikipedia.org/wiki/Chap%C3%A9u ; http://www.afabricadoschapeus.com/historia ; https://www.harpersbazaar.com/celebrity/latest/news/g8713/queen-elizabeth-hats